Segundo a ONG Todos Pela Educação, que analisou 225 mil questionários de docentes do 5º e 9º do ensino fundamental da rede pública, boa parte dos professores estão recorrendo a atividades extras para completar a renda. Os questionários foram aplicados pelo INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas e os dados foram tabulados pela ONG a pedido do Jornal Folha de São Paulo, que divulgou o resultado.
Christian é professor da rede pública de Belo Horizonte e complementa a renda dando aulas de dança e atuando como personal trainer. Como professor recebe R$ 2.200,00 e com as atividades extras eleva sua renda para R$ 5.700,00. Christian diz que "se o professor fosse mais valorizado, teria tempo somente para investir na docência e, com certeza, as aulas teriam melhor qualidade". Foto: Alexandre Rezende / Folhapress.
Em média 41% dos docentes da educação básica do país tem mais de um trabalho. Alguns recorrem a dupla jornada dentro da própria educação, acumulando cargos de professor da rede municipal com a rede estadual ou da rede privada com a rede pública. Outros acumulam o emprego de professor com outra atividade desenvolvida fora da educação.
Essa rotina afeta a qualidade de vida do professor e provoca impactos negativos em seu desempenho na sala de aula. Sem tempo pra família, sem tempo para o lazer e cansado, o professor sofre com a degradação de sua condição de vida. Além disso, sem tempo pra estudar, sem tempo pra preparar aulas e cansado, o professor tem um baixo rendimento, afetando a qualidade do ensino.
Sem dúvida alguma, essa necessidade que o professor tem de desenvolver uma atividade extra para complementar a renda, em razão do salário inadequado, é um fator que dificulta a árdua tarefa de melhorar a qualidade da educação pública em nosso país. Leia a notícia no link abaixo:
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